Esse blog é uma homenagem às minhas avós, às avós do meu filho e a todas as mulheres que tem a doce experiência de serem avós. Acredito que no âmbito familiar poucas coisas são tão saudáveis quanto o estar na casa da vovó, desfutar de sua companhia, de seus quitutes e fazer descobertas diárias sobre o mistério que envolve a distãncia entre as coisas do tempo da vovó e a nossa vida cotidiana, principalmente quando somos crianças.

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sábado, 3 de setembro de 2011

O sumiço do bolo

Imagem cybercook2.terra
Acordamos bem cedo e fomos caminhar na estrada principal. Nestes dias quentes de quase primavera todos acordam animados e imaginando as travessuras possíveis de fazer.
Vovó foi conosco. Zefa tinha ído com minhas tias fazer uma limpeza no paiol.
Caminhamos até a venda do Honório. O lugar é uma mistura de casa e comércio, pois ele e a esposa moram lá, plantam, criam aves e vendem de tudo um pouco. De tempero a cachaça. 
Vovó queria comprar ovos de pata para dar gemada ao Serafim. Ele está mudando a voz e ninguém está mais aguentado ouvir aquele barulho de taquara rouca.
Serafim é um moleque que foi abandonado pela mãe quando nasceu. Ela trabalhava no sítio e conheceu um caixeiro viajante que passou uns dias aqui nas redondezas. Os dois se enrabicharam e ela ficou barriguda. O tal homem foi embora sem deixar rastro e então, nasceu o Serafim.  Dois meses depois Mariquita foi embora e largou o menino nos braços de vovó.
Nossa andança durou quase duas horas. Nos divertimos muito e bateu uma fome danada. A sorte é que havíamos deixado  na mesa de café um bolo quase inteiro. Planejamos comê-lo assim que chegássemos em casa.
A mesa de café ficou posta na varanda. Cobrimos tudo direitinho antes de sairmos, para mosquito e passarinho não alcançar.
Qual foi a nossa surpresa ao chegarmos em casa e irmos direto para a mesa de café?
O bolo já não estava lá! Perguntamos a Zefa e ela disse que não tinha visto ninguém comer. ficamos desapontados e intrigados com o sumiço do bolo.
Debaixo do pé de pitanga, um olhar com jeito de quero mais, assume a culpa. Peludo, branco e com manchas pretas, com o rabo abanando a zombar de nós...

5 comentários:

msgteresa disse...

Oi,Anabela!
Uma delícia estas aventuras na casa da vovó,hein? Fico sempre contente em vir até aqui e ouvir estas estórias com sabor gostoso de infância e de vida simples... Menina, quer dizer que dessa vez quem se deu melhor foi o cachorro "Peludo",né? (Rs...) E pelo jeito, o bolo devia estar muito saboroso! (Rs...)
Sabe que essa estória me lembrou de uma outra parecida,que aconteceu com um casal amigo nosso que mora em São Paulo... Numa época em que o dinheiro estava curto, conseguiram comprar uns bifes bonitos para comer. Subiram para tomar banho , e deixaram os bifes na pia da cozinha,prontos para temperar... Tadinhos, eles estavam passando um tempo difícil e fazia já um tempinho que não comiam uns bifes bonitos assim. Mas o fato é que quando eles voltaram à cozinha, já não encontraram mais os bifes,mas sim um gato em cima da pia... O danado do gato da vizinha havia entrado pela janela e tinha comido tudo! Ai,ai... A vida tem dessas coisas... Hoje, quando eles contam a estória, a gente dá risadas,mas na hora imagine a situação... Mas se fosse com o meu cachorro, ele faria o mesmo! (Rs...)
Beijo grande pra ti e pra vovó!
Teresa
("Se essa lua fosse minha")

chica disse...

Até eu pegaria esse bolo e nem sou peluda,rsrs Lindo! beijos,chica

Imaculada disse...

Anabela querida!
Quanto tempo... Vi seu comentário perguntando. Descobriu o sumiço do bolo? Eu muito curiosa corri pra cá
descobri esse lindo blog e essa delícia de conto verídico. Senti como que participando de tudo. Amei!!!
Abraços! Lindo e abençoada semana pra ti e pra vovó.

Maria Luiza Pereira disse...

Oi Ana!!!

Aconteceu assim mesmo na minha casa!!!
Nossa Chita, tbm peluda preta e branca adora bolos!!!! rsrsrs

bjss

Heloisa de Mesquita Inoue disse...

Oi !? Estive aqui beijos!